domingo, 25 de setembro de 2011

Novas formas de aprender e ensinar: onde foi parar as noventa e nove?


A globalização trouxe para a sociedade pós moderna grandes avanços tecnológicos e novas formas e meios de nos comunicar, hoje uma informação gira em questão de minutos em todo o mundo. Dentro desse contexto podemos afirmar que a escola não é mais o único meio de transmitir conhecimento no século XXI. Com tantos avanços tecnológicos, questiono-me qual a postura que a escola vai tomar diante de tantos avanços, uma vez que ainda estamos na era do giz, saliva e mimeografo. Não quero afirmar aqui, que devemos abrir mão de tudo o que constituiu nossa pratica pedagógica até hoje e mergulhar em um caminho ainda desconhecido por nós. Mas como disse o poeta Fernando Pessoa precisamos “juntar os cubos ajustados”. Precisamos estar aberta ao novo e abrir para novas propostas de ensino e aprendizagem para que nossas aulas sejam tão interessantes como um jogo de vídeo game. O novo é desafiante, incomoda no inicio (como por exemplo, aprender a utilizar as ferramentas do Pro info), mas é necessário se quisermos acompanhar os avanços da sociedade. O artigo “A sociedade da aprendizagem e o desafio de converter a informação em conhecimento” de Pozzo (2007) me fez refletir sobre a influencia das tecnologias de informação no processo de ensino aprendizagem e nas novas exigências que estas trazem para o nosso currículo. Segundo o autor é necessário novas formas de alfabetização como literária, gráfica, da informática e cabe a escola tomar isso como compromisso e oferecer as crianças, adolescentes e adultos à possibilidade de utilizar essas novas tecnologias de maneira autônoma e critica. Como professora de educação infantil logo relacionei essas “novas formas de alfabetização” com a poesia de Lóris Malagucci As cem linguagens, onde diz que a criança tem cem linguagem, mas a escola lhe roubou às noventa e nove. Por que reduzimos o conhecimento apenas na linguagem escrita? Por que a arte, a informática, a musica, o movimento é menos importante que o português e a matemática? Mais que cursos de formação, acredito que nós professores devemos resistir menos e arriscar mais, tentar mudar sem deixar a nossa essência que nos constituiu professor. È preciso olhar com outros olhos as novas formas de alfabetização ou as noventa e nove linguagens por que a criança é feita de cem, querendo nós ou não.

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